
O trecho a seguir é de uma reportagem do jornal campo grande news, feito em uma empresa de táxi, onde um dos motoristas afirma veementemente que deu carona para dois fantasmas.
Leiam e reflitam sobre o ocorrido:
Do lado de fora, o taxista mais antigo, Alípio Costa, de 79 anos, confirma o buxixo e apresenta novas informações, mas é descrente do fato. “Isso é conto de carochinha. Trabalho aqui há 39 anos e nunca vi nada”, disse.
Quem espalhou a primeira versão, conta, foi um amigo, que trabalhava com ele na época em que era o responsável pela frota de táxi daquele ponto. Na companhia de Alípio, a equipe do Lado B saiu à procura de “Batatinha”, o taxista que deu carona à suposta defunta e que hoje, 30 anos depois, trabalha em outro ponto.
Jucelino Alves Pereira, de 59 anos, o “Batatinha”, cai na gargalhada quando descobre o motivo da reportagem, mas aceita conversar enquanto faz uma corrida à aldeia Marçal de Souza, o próximo caminho de nossa equipe. Lá encontraríamos a história do “assovio misterioso”.
Da fonte oficial, a história da loira que sai do túmulo é bem mais simples e, por incrível que pareça, consegue ser mais interessante. Como todo bom relato de terror, este também aconteceu durante a madrugada, por volta de 1h. Foi no ano de 1979.
Batatinha estava cochilando no táxi, em frente ao cemitério Santo Antônio, quando foi surpreendido por duas jovens, uma loira e uma morena, que aparentavam ter menos de 20 anos. O pedido foi simples: Uma corrida a qualquer igreja.
A escolhida, pelo próprio taxista, foi a Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, que fica na Afonso Pena, no bairro Amambai. Quando entrou na avenida Salgado Filho, a loira, que estava com amiga no banco de trás, comentou, sem qualquer motivo, que tinha medo de faca.
O taxista, que por algum tempo chegou a carregar no carro um faca, com medo de assalto, quis saber o porquê. “Ela falou: fui morta aos 13 anos, a facada”, relatou. “Eu perguntei: Você mora aonde? Ela respondeu que era no cemitério, em um túmulo preto, na entrada. Depois disse que o pai dela chamava Jonas e a mãe Maria”, completou.
A revelação da morte, dentro do veículo, causou espanto, mas Jucelino imaginou que fosse brincadeira de mau gosto e chegou a pensar que as garotas pretendiam assaltá-lo. Sem comunicá-las, ele resolveu mudar o caminho e parou na antiga rodoviária de Campo Grande. Se fosse um assalto, relembrou, poderia pedir ajuda aos colegas taxistas
Mas não houve qualquer ação nesse sentido. Quando o táxi chegou à rodoviária, as jovens pagaram a corrida e, sem questionar, desceram. Quando o taxista retornou ao ponto, em frente ao cemitério, uma nova surpresa: A loira e a morena estavam, novamente, no mesmo local e, como antes, pediram uma corrida “para qualquer igreja”.
“Aí eu vi que não era um assalto”, conta. Mesmo com medo, Batatinha resolveu fazer a corrida. Mas, desta vez, não perguntou nada e, ao invés da igreja Nossa Senhora Perpétuo Socorro, deixou as “clientes” na Igreja Sirian Ortodoxa. Foi a última vez que viu a loira misteriosa. A morena, durante todo o trajeto, da primeira e segunda vez, não abriu a boca para dizer nada.
Para os amigos do taxista, o que aconteceu não passou de invenção, de um devaneio qualquer. Alípio Costa, por exemplo, acredita que Jucelino dormiu e sonhou com tudo isso, mas Batatinha garante que o relato é verdadeiro. “Na nossa vida acontece de tudo. Você não pode duvidar de nada. Se me pedirem para contar mil vezes eu vou contar igual”, disse.



Fonte: Campo grande news
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