E-Medonho: O Menino do Cajueiro

IMAGEM MERAMENTE ILUSTRATIVA

Quando eu comecei a estudar, fui estudar em uma escola pública, cursei desde a primeira série, até o ultimo ano nesta escola, e ela tem uma lenda muito bizarra.

Na quadra desta escola ao lado tem um terreno, e neste terreno tem um cajueiro, uma árvore bem comum do nordeste. A lenda é em torno desse cajueiro.
Alguns alunos mais velhos contavam que há muito tempo um menino havia morrido naquele local onde se encontrava o cajueiro, e diziam que seu espírito assombrava o local.

Os alunos não tinha coragem de ir no cajueiro sozinho, principalmente os mais velhos, eles relatavam que quando iam sozinhos sentiam como se tivesse alguém observando, por isso, o ano inteiro ninguém ia até o cajueiro.

Mas quando estava na época do fruto, todos íamos lá, em grupos bem grandes, assim ninguém sentia muito medo, mas mesmo com esses grupos grandes, as vezes dava um certo desconforto, e alguns alunos, tinham a impressão de ver um menino correndo pela visão periférica, sempre um menino, eu inclusive já tive essa impressão também.

Depois de um tempo, a escola colocou portões e trancou a área que dava para a quadra, consequentemente, a área que dava para o cajueiro. Isso porque muitos alunos mais sensíveis na hora do intervalo iam lá desafiar o espírito do menino, e muitas vezes dava ruim, muitos ficavam em choque, e muitas vezes tinham que ser liberados da aula, o porque ninguém sabe.

Eu ia muito no cajueiro quanto tinha acesso, e uma vez eu escavando a terra com o pé enquanto caminhava, encontrei um anel enterrado, parecia ser um anel bem antigo, os meus amigos e outros alunos que estavam comigo, me alertaram para deixar lá, pois segundo eles podia ser do tal menino que morreu do cajueiro.

Eu ignorei e peguei o anel, pois achei muito bonito. Levei o anel para a sala e todos ficaram admirados com o Anel, inclusive a professora, que insistiu tanto pra eu dar o anel pra ela, que eu acabei dando.

Quem ia na quadra sempre tinha a impressão de ver um menino correndo pelo cajueiro, mas depois que foi tudo trancado, alguns alunos ficavam encostados nas grades observando para ver se via algo, era muti difícil ver algo de dia, mas a maioria dos relatos vinha dos alunos do ensino médio. A sala deles era ao lado do cajueiro, e tinha uns buracos na parede por onde entrava vento. Eles diziam que se você fixasse o olhar pelas brechas meio dia em ponto, poderia ver a figura de um menino correndo e se escondendo atrás do cajueiro.

Mas a maioria dos relatos mais bizarros, vinham dos alunos do turno da noite, que diziam que era possível ver olhos, ouvir passos e ouvir gritos vindo daquela parte da escola.

Eu lembro que na época eu cheguei a tocar nesse assunto com professores e diretores, mas eles sempre evitavam falar mudavam de assunto, ou simplesmente ignoravam. Mas nunca afirmavam e nem negavam a veracidade da história.