Espíritos Que Correm

Pouca gente sabe, mas quando alguém tem uma morte violenta e abrupta, o espirito dessa pessoa não consegue conceber que morreu.

 E repete seus últimos segundos num looping eterno. É comum, por exemplo, relatos de almas cruzando estradas durante a madrugada e desaparecendo logo em seguida.

 Neste caso são pessoas que morreram atropeladas, o choque do impacto foi tão forte e tudo aconteceu tão rápido, que aquela pobre alma não conseguiu aceitar a própria morte.

 Mas não são desses espíritos que eu quero falar hoje, mas sim dos espíritos que correm.

Você provavelmente já presenciou um, mas por não saber do que se tratava apenas ignorou o fato.



Espíritos que correm, em geral, foram pessoas que tentaram fugir da morte. Um exemplo comum é o de pessoas assassinadas por armas de fogo.

 Que numa vã tentativa correram desesperados por suas vidas, mas acabaram sendo atingidas. Seu corpo caiu já sem vida, mas o espirito continuou a correr, e continuará até o fim dos tempos, ou até que alguém intervenha.

É bem simples saber quando um deles passa por perto.

 Subitamente você sentira uma rajada de vento e um estranho arrepio passara por todo o seu corpo. Peço apenas que não sinta medo se isso acontecer, mas sim pena. A maioria dos espíritos não quer o seu mal, são apenas pobres criaturas que não conseguiram fazer a transição para o outro plano.



 Dizem que se você gritar algo como: “Você está morto”. O espirito pode ouvir suas palavras e finalmente entender o seu triste destino. Mas faça apenas se você tiver coragem, pois em muitos casos pode ser que ele não se desprenda totalmente e veja em você a luz que tanto procura.

 E ao invés de correr ao relento, ele passará a correr em sua direção.

Nosso plano possui muitas almas perdidas. Tanto boas quanto ruins.

 Não recomendo que tente contato, a menos que possua preparo mental e espiritual para isso. Caso contrario, na próxima vez em que sentir uma lufada de vento seguida de um arrepio, apenas ore, reze ou deseje descanso para essa alma eternizada no próprio desespero.


Conto enviado ao grupo por: Azura