Acidente de Seveso


A cidade de Seveso, na Itália, tornou-se mundialmente famosa quando em 10 de julho de 1976. Tanques de armazenagem na indústria química ICMESA romperam, liberando vários quilogramas da dioxina TCDD (2,3,7,8-tetraclorodibenzo-p-dioxina) na atmosfera e o produto espalhou-se por grande área na planície Lombarda, entre Milão e o lago de Como. Devido à contaminação, 3000 animais morreram e outros 70000 animais tiveram que ser sacrificados para evitar a entrada da dioxina na cadeia alimentar. Acredita-se que não tenha havido mortes de seres humanos diretamente vinculadas ao acidente, mas 193 pessoas nas áreas afetadas sofreram de cloracne e outros sintomas.
O acidente ocorreu durante a produção de 2,4,5-triclorofenol, um herbicida, fungicida, e produtos químicos intermediários, A ocorrência de reação química foi particularmente interessante já que ocorreu num sábado às 12h30, quando a instalação estava realmente fechada para o fim de semana e nenhum processo estava em andamento. De alguma maneira a mistura de produtos químicos que tinham sido deixados na caldeira espontaneamente reagiram gerando suficiente calor e energia para posteriormente causar uma reação plena. Não se sabe ao certo como isto chegou a ocorrer, mas tem havido questionamentos sobre por que a instalação foi paralisada com a produção no meio de um ciclo.
Este evento mais tarde veio a ser conhecido como o Desastre de Seveso ou Acidente de Seveso.
Hoje em dia, na França, diversas fábricas são categorizadas como sendo de "tipo Seveso", devido ao alto risco de contaminação ambiental em caso de acidente.
O tratamento do solo afetado foi tão completo que o nível de dioxina é agora menor que o normalmente encontrado. O desastre levou a União Européia a publicar a Diretiva de Seveso com regulamentos industriais mais rígidos. A Diretiva de Seveso foi atualizada em 1999 e complementada em 2005 e é atualmente conhecida como Diretiva de Seveso II (ou Regulamentos COMAH no Reino Unido).

Fonte: Wikipédia